Mensagem do dia

25 março 2018

As aventuras de Ester


Há dias venho tentando transferir para o papel o começo de uma história que mora no meu coração e que achei melhor chamá-la de “as aventuras de Ester”.
Confesso que se tornou mais difícil porque “as aventuras de Ester” estão envolvidas em saudades e lágrimas.
Ester nasceu e viveu aqui por sete anos.
Pense na revolução que Ester fez na nossa vida e na nossa casa quando aqui chegou.

Antes da chegada de Ester, estava, eu... Em companhia do silêncio... Da solidão e da expectativa pelo que haveria de vir com o desconhecido futuro.

De repente não mais que de repente a estrela Ester nasceu e com seu brilho que lhe peculiar, ofuscou, arrebatou a mim, tomou o lugar do silêncio, espantou a solidão e marcou presença no meu futuro tão esperado.

Rotina essa... Não existe mais. O silêncio e a solidão fizeram as malas e partiu.
Ao longo desses anos ouviam-se muito por aqui frases repetitivas e já tão corriqueiras.
- Abaixe o volume da televisão.
- brinquedos espalhados pelo chão é sinal de perigo.
- cuidado com a idosa.
- é hora de tomar banho.
– coma tudo senão não vai á pracinha. (Ela adora)
- desliga esse telefone.
- colocou ração para os peixes?
- já fez a tarefa da escola?
- Ufá... Só canseira.

E de repente não mais que de repente, Ester resolveu iluminar outro lugar em companhia de uma jovem senhora, sua mãe, mulher guerreira que busca juntamente com a sua princesa viver grandes momentos de paz e harmonia.

 A sua nova casa não é tão longe daqui, mas por certo, ouviram, e já está no caminho de volta a solidão, o silêncio, mas certamente no meu futuro sempre estará “Ester e suas aventuras”.

Para que o ninho não fique totalmente vazio, dividimos as “coisas de Ester” e a cada passada na casa da vovó uma nova aventura.

E me vejo passando pela terceira vez pela síndrome do ninho vazio. Sofremos quando os filhos vão embora como também pelos netos que crescem e em um bater de asas se vão à caça de novas aventuras. Faz parte.

Bom, com tudo isso acontecendo, acreditamos que conseguimos passar para Ester as primeiras noções de respeito, as palavrinhas mágicas, por favor... Agradecida, bom dia/tarde/noite, com licença, conceitos e valores do que acreditamos nas questões religiosas, na ética, na moral, no comportamento , na educação, no certo, no errado....

Fiz o papel que me foi destinado por Deus, sendo mãe/avó/educadora. Consciência tranquila.
Certamente o tempo, a presença dos pais, irá servir de base para a sua formação educacional, acadêmica e religiosa.
Ester passou por aqui e aqui ainda está, pois dividimos Ester e suas coisas e suas aventuras.  
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E.eu cantando quando a saudade vem devagarinho esperando Ester para contar novas aventuras...

‘Está tudo tão vazio sem você...
Faz tanto silêncio...
Me dá vontade de te ver...
Aonde está você?
Me telefona....
Me chama...Me chama...”
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