Mensagem do dia

29 janeiro 2018

Vivi essa história.

No tecido da história familiar,
As mãos de minha mãe reforçaram as costuras
para nos protegerem de qualquer empurrão da vida …

As mãos de minha mãe
Uniram com um alinhavo as partes do
molde sem esquecer que cada uma é
diferente da outra e que juntas fazem um todo
Como a família …

As mãos de minha mãe
Fizeram bainhas para que pudéssemos
crescer para que não nos ficassem curtos os ideais …

As mãos de minha mãe
Remendaram os estragos para voltarmos
a usar o coração
Sem fiapos de ressentimentos …

As mãos de minha mãe
Juntaram retalhos para que tivéssemos
uma manta única
Que nos cobrisse …

As mãos de minha mãe
Seguraram presilhas e botões para que
estivéssemos unidos
E não perdêssemos a esperança …

As mãos de minha mãe
Aplicaram elásticos para nos podermos adaptar
Folgadamente às mudanças exigidas pelos anos …

As mãos de minha mãe
Bordaram maravilhas para que a vida
nos surpreendesse com as suas contínuas
dádivas de beleza …

As mãos de minha
Mãe coseram bolsos para guardar
neles as moedas valiosas das melhores
recordações e da minha identidade …

As mãos de minha mãe,
Quando estavam quietas,
zelavam os meus sonhos para que
alimentassem os meus ideais
Com o pó das suas estrelas…

As mãos de minha mãe
Seguraram-me com linhas mágicas,
Quando entrava na vida …
Para começar a vesti-la!

As mãos de minha mãe
Nunca abandonaram o seu trabalho.
E sei muito bem que hoje, onde estiverem,
Fazem orações por mim…
E eu …

Eu beijo-as como se recebesse bênçãos...
       --------------------------------------
Assim as mãos da  minha mãe, Srª Idalice de Castro, fez para realizar meus sonhos e me dar a oportunidade de ter acesso a um ensino  (escola) melhor. Eu vivi essa história. 

25 janeiro 2018

Você já estou história do Brasil ?

Certamente em nenhuma escola te ensinaram o que se segue.

SEIS CONSTITUIAÇÕES FEDERAIS
1891 – 1934 – 1937 – 1946 – 1967 – 1988.

09 MOEDAS
Réis: 1941
Cruzeiro: 1942
Cruzeiro Novo: 1967
Cruzeiro: 1970
Cruzado: 1986
Cruzado Novo: 1989
Cruzeiro: 1990
Cruzeiro Real: 1993
Real: 1994.

SEIS VEZES CONGRESSO FECHADO
1891; - 1930 a 34; -1937 a 46; - 1966; 1968 a 69;  1977

SEIS GOLPES DE ESTADO
1889 a 2016; - 1930 a 34; -1937 a 45; - 1945; 1955;
1964 a 85;2016.     
                                                                  
UM PLEBISCITO IGNORADO
Venda de armas: 2005

13 PRESIDENTES QUE NÃO Concluíram O MANDATO
Deodoro: 1891
Afonso Penha: 1909
Rodrigues Alves: 1918
Washington Luís: 1930
Julio Prestes: 1930
Vargas: 1945 e 1954
Carlos Luz: 1955
Jânio Quadros: 1961
João Goulart: 1964
Costa e Silva: 1969
Tancredo Neves: 1985
Collor: 1992
Dilma: 2016

31 PRESIDENTES NÃO ELEITOS DIRETAMENTE
 (também considerando posse de interinos)
Deodoro: 1889*
Floriano Peixoto: 1891*
Prudente: 1894*
Campos Sales: 1898*
Rodrigues Alves: 1902*
Afonso Penha: 1906*
Nilo Peçanha: 1909*
Fonseca: 1910*
Venceslau: 1914*
Rodrigues Alves: 1918*
Delfim Moreira: 1918*
Epitácio: 1919*
Arthur: 1922*
Washington Luis: 1926*
Júlio Prestes: 1930*
Vargas: 1930
José Linhares: 1945
Café Filho: 1954
Carlos Luz: 1955
Nereu Ramos: 1955
Ranieri Mazilli: 1961
João Goulart: 1961
Castelo Branco: 1964
Costa e Silva: 1967
Médici: 1969
Geisel: 1974
Figueiredo: 1979
Tancredo Neves: 1985
José Sarney: 1985
Itamar Franco: 1992
Michel Temer: 2016
*Presidentes do Período da Republica Velha marcado pelas fraudes eleitorais e o coronelismo.

31 REVOLTAS E GUERRILHAS
Golpe Republicano: 1889
Primeira Revolta de Boa Vista: 1892-1894
Revolta da Armada: 1892-1894
Revolução Federalista: 1893-1895
Revolta de Canudos: 1893-1897
República de Curani: 1895-1900
Revolução Acreana: 1898-1903
Revolta da Vacina: 1904
Segunda Revolta de Boa Vista: 1907-1909
Revolta da Chibata: 1910
Guerra do Contestado: 1912-1916
Sedição de Juazeiro: 1914
Greves Operárias: 1917-1919
Levante Sertanejo: 1919-1930
Revolta dos Dezoito do Forte: 1922
Revolução Libertadora: 1923
Coluna Prestes: 1923-1925
Revolta Paulista: 1924
Revolta de Princesa: 1930
Revolução de 1930: 1930
Revolução Constitucionalista: 1932
Revolta Mineira: 1935-1936
Intentona Comunista: 1935
Caldeirão de Santa Cruz do Deserto: 1937
Revolta das Barcas: 1959
Regime Militar: 1964
Luta Armada: 1965-1972
Guerrilha de Três Passos: 1965
Guerrilha do Caparaó: 1967
Guerrilha do Araguaia: 1967-1974
Revolta dos Perdidos: 1976

Como pode tanta gente realmente acreditar que o país sempre foi tranquilo e só agora que está com algum distúrbio?
Vivemos em um país que sempre foi manipulado pelos "doutores da lei". Temos uma elite política doutrinada a deixar de lado seus pares, o povo. A vontade que emana é deles próprios!
Para refletir!!

19 janeiro 2018

Quando me tornei ‘mãe’ de meus pais

Um assunto muito polêmico no contexto do envelhecimento diz respeito a inversão de papéis em que filhos se tornam mães e pais de seus pais. Como assim, sermos pais de nossos pais? Que lugar era esse? Que função era essa? O que tínhamos que fazer?
Reconhecer que só vemos a velhice no outro, através das dificuldades ou da finitude, foi o primeiro passo para compreender que o envelhecer está mais próximo do que imaginamos.
Faremos parte dele, de uma forma ou outra, ora como ‘velhos’ que seremos ora como jovens que ainda somos por pouco tempo.
 As primeiras alterações passaram despercebidas, afinal, pensamos que eles serão jovens para sempre.

Um andar vagaroso, dificuldade para encontrar o talher preferido na gaveta ou a camisa velha desbotada no armário ainda não eram vistos como parte do envelhecimento, envelhecimento que, talvez, não fosse o considerado ‘normal’.

Aí, nos deparamos com mais dificuldades, idas consecutivas aos médicos, remédios, repouso, alterações de humor, mais tempo fazendo companhia, ouvindo histórias de quando eram jovens, histórias dos avós, bisavós e outros mais que não deu tempo de conhecer e, aprender as receitas de família que não estão anotadas nos cadernos.

Então, fazemos de tudo para manter a qualidade de vida e a dignidade de quem sempre nos cuidou, amou e protegeu como forma de retribuir o seu imenso sacrifício para sermos o que somos. É isso. Não somos e nem seremos mães e pais de nossos pais, não é inversão de papéis e funções familiares. É troca. É apenas amor, cuidado e respeito encontrando um caminho de volta.

É isso, cuidar de quem nos cuidou com amor e respeito, da mesma forma que fizeram conosco quando éramos pequenos.

Quando compreendo isso, começo a ver o tempo voar, me tirando as oportunidades que eu não aproveitei. Começo a ver o mundo em câmera lenta e aprendo a olhar para os detalhes. Ah, os detalhes. A camisa só é usada se tiver bolsos; as refeições podem ser feitas no sofá da sala porque é mais tranquilo; os passarinhos agitados na árvore é sinal de mudança de tempo. “Corre lá, tira as roupas do varal, vai chover”.

Em todo esse processo, passei pela fase da impaciência de filho para chegar à paciência de cuidadora, sim, cuidadora, e acredito que todos deveriam passar por esse processo de modelação, reestruturação, de empatia, de ressignificação.
Ao longo desse tempo, comecei a perceber que a minha vocação e profissão tinha uma explicação.

Não era o mérito de estudar, pesquisar, escrever ou, auxiliar a quem me procura. Minha vocação, tão delicadamente construída, era para cuidar primeiramente dos meus e poder vivenciar esse processo de perto, para só então, apropriar-me não só da teoria, mas da prática humanizadora e amorosa que a convivência com eles me ensina.

Eu não percebia antes que eles eram a minha chance de aprender. Hoje, sei que tudo é por e para eles e pelos que virão. Não há gratidão maior do que tê-los aqui, por aqui, até quando puderem ficar. “Vamos aproveitar cada momento, temos tão pouco tempo”.

Então, usando as palavras de Bezerra de Menezes, em uma mensagem que foi recebida pelo médium José Carlos de Lucca, e que serve tão bem para a mensagem que quero eternizar, digo:

Filhos queridos: Gostaria de, humildemente, pedir a cada um de vocês:

Um pouco mais de paciência
Um pouco mais de tolerância
Um pouco mais de fé
Um pouco mais de esperança
Um pouco mais de caridade
Um pouco mais de espiritualidade
Um pouco mais de oração
Um pouco mais de esforço
Um pouco mais de perdão
Um pouco mais de amor
Não é muita coisa.
Só um pouco mais.
Porque o pouco com Deus é muito!
Simone de Cássia Freitas Manzaro.

OBS: Me identifiquei muito com esse texto. No momento, também, estou fazendo parte de uma história que começou lá nos anos 30 com o nascimento de uma pessoal que teria ...teve...e terá uma participação especial na vida de todos nós. \\ Atualmente nos seus 87 anos e sem vínculos de parentes mais próximos,  temos como base Cuidar de quem precisa tendo em vista que é uma responsabilidade social na qual todos nós estamos sujeitos e envolvidos.

08 janeiro 2018

O grande encontro

“Dizem que antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo”.
Olha para trás, para toda a jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.

Voltar é impossível na existência.
O rio precisa de se arriscar e entrar no oceano.
 
“E somente quando ele entrar no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano.”

Osho
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