Cresci ouvindo dizer “O vizinho é o
parente mais próximo.”
Já ouviu falar sobre isso?
Naturalmente que é difícil encarar certas situações provocadas
por nossos companheiros vizinhos “de porta” como chamamos todos os mais
próximos de nós.
Para melhorar e conservar as amizades geradas pela convivência
em um mesmo espaço significativo, onde existe uma diversidade de conceitos e
opiniões que vão de encontro a muitas outras tantas maneiras de pensar e agir, se faz necessário ter um conduta do bem viver
com todos independente das suas convicções e crenças.
Acredito que a sinceridade e manter sempre a porta aberta do
diálogo facilita o entendimento de forma que exista liberdade para falar sobre
tudo que se refere ao bem estar da total vizinhança.
Moro em um corredor de casas, o tradicional “beco” como se
refere pessoas que não fazem parte da nossa comunidade. Faz parte da discriminação
silenciosa que sofremos por ter esse local como moradia. E uma pena que pensamentos pequenos e dessa
natureza ofusque a grandeza dos seus moradores e do local que inspira paz e
sossego mesmo sabendo que atrás de cada porta exista uma história de vida de
cada um de nós.
Somos poucos. Em números de dez famílias. “Condomínio pequeno”
Aqui está de passagem pessoas nas mais diversas idades... Crenças religiosas...
Seitas... Visão de vida com seus conceitos e valores impares, mas conscientes
de que o respeito e o bom senso são fundamentais para que a nossa comunidade seja
vista como um local que abriga pessoas do bem... de boa índole e educação.
É natural que exista em algum momento um desgaste emocional,
pois não deixa de ser uma tarefa difícil à convivência diária com pessoas que
não são do ciclo familiar, mas com grandes chances de torna-la mais próspera e
produtiva.
Confesso que para alcançar às melhorias que hora usufruímos as
conversas interativas, os gestos exemplares, as atitudes compartilhadas estão
sempre em pauta e cada vez mais em observação para que estejamos sempre
avançando em busca da valorização local. Enquanto
aqui eu estiver farei por onde.
Pós mim... deus nos controle de todas as coisas.
Somos beconienses. E temos orgulho disso. Estamos
bem instalados. Nossas casas não diferem das demais. Tem teto... Tem piso... Tem
paredes.... ah! Tem amor, muito amor. Esse não pode faltar.
Estamos abrigados das intempéries da vida.
Hum... Tem um caminho verde para alegrar os olhos de quem entra
e aguçar a curiosidade dos que querem
saber quem cuida e como cuida tornando-o agradável ao passar, e como forma de agradecimento por fazer parte
desse lugar crescem viçosas e brilhantes. Eu sou sua cuidadora.
Pois bem.
Devemos ter uma relação saudável com os nossos vizinhos
companheiros de jornada.
O motivo real dessa postagem é que no dia 11 de novembro, já no
final da tarde, minha neta Ester, caiu
da balaustrada ou cais que separa o mar
da terra, sofrendo uma fratura no braço
esquerdo por ter amortecido a queda. Ficamos muito agradecidos a DEUS pelo
livramento, pois poderia ser de maior gravidade.
Enquanto aguardávamos os resultados dos exames da pequena Ester em uma das salas do hospital, adentrou ao
recinto uma mãe em aflição com uma criança de 11 anos que sofreu fratura
exposta e diante da gravidade foi de imediato encaminhada para o C.C.
Enquanto isso....Pense em quem socorreu uma mãe desesperada em
busca de noticias da filha amada Ester?
O nosso vizinho... Que não é parente... Mas é um companheiro de
jornada... um beconiense...um camarada prestativo...e o S.O.S imediato é o que
realmente importa.
Quando se tem uma família grande sempre se tem um parente por
perto na é verdade?
O meu núcleo familiar é pequeno e restrito. Então fazemos do
nosso vizinho o nosso parente mais próximo.
Olha só o que eu descobri nas minhas andanças na net....
Sabia que existe o dia dedicado ao vizinho. Novidade para mim.
Nada mais justo afinal estimular uma boa amizade e o bom convívio com todos faz parte da
educação domestica e social.
Comemora-se o dia do vizinho no dia 23 de dezembro pouquinho
antes do natal. Por curiosidade em alguns estados brasileiros a comemoração é
20 de agosto também homenageando o nascimento da poetisa Cora Coralina.
E por que isso?
Cora tinha como tema principal de suas obras a vizinhança que a
viu crescer e conviveu muito tempo com todos fazendo com que a data se
promulgasse além de Goiás, lugar do seu nascimento, e que invadisse vilas, ruas, bairros e prédios,cidades,
países, mas que também desenvolvesse interesses, preocupações, planos contribuindo
assim a valorizar o seu vizinho do lado.
E você?
Tem um bom relacionamento com seu vizinho?
Tem fundamento na Palavra de Deus.
“Melhor o vizinho que está perto do que um irmão que está
longe.”
Oi Eliene,
ResponderExcluirGostei tanto da sua postagem...
em 6 anos de blogosfera, nunca vi
ninguém escrever sobre vizinhos.
Muito original esse assunto.
Agora de pouco, conversava com minha mãe e dizia
que tenho muito mais amizade e afinidade
com alguns vizinhos, do que com certos parentes.
Tenho vizinhos prestativos e queridos,
e a maioria me conhece desde criança.
E como sabemos, conviver é uma arte, e
com algumas pessoas precisamos ter jogo de cintura,
para usufruir de uma boa convivência.
Beijos \o/