Mensagem do dia

04 março 2015

A CAMINHO DA BIBLIOTECA.

Em geral com a chegada de um ano novo, escancaramos portas, janelas, caixas, gavetas, para dar passagem a tudo que de alguma forma não correspondeu as nossas expectativas.
É o descarte emocional.
O desapego.

O inverso também acontece.
Há sempre em um cantinho a nos olhar alguma coisa guardada, esperando só o momento de ser resgatada e lembrada. 
Não é verdade?

Existem coisas que fazem parte de nós como se fossem uma extensão para lembrar uma parte de nossa vida.
Ultimamente tenho feito uma revisão no porão onde consegui armazenar em alguns anos, uma grande quantidade de  lembranças  e sonhos.
É surpreendente a sensação!!!!

Dentre muitas caixas uma me chamou mais atenção.
Estou sentada agora olhando o que restou depois de muitos caminhos percorridos juntos, o que realmente mudou a minha vida.
E como mudou.....

Imagens do passado povoam a minha mente e literalmente voo entre salas e corredores do hospital, tendo como companheiros fiéis, eles, os livros, os meus livros....cadernos...apostilas... Tudo que me deu a luz do conhecimento e um sentido a minha vida.

Ainda posso ouvir o burburinho dos colegas de classe, quando nos reunimos para discutir o tema do tcc. e sentir a vibração satisfatória das nossas consciências no dever cumprido.

Entrei na área da saúde um pouco mais tarde, aos quarenta anos, por conta dos cuidados de enfermagem que o meu companheiro de jornada necessitou por algum tempo.

Durante esse período que tudo era novo para mim, nasceu o desejo de continuar  aprendendo mais no sentido de cuidar de outras pessoas que por ventura viesse a precisar da minha ajuda.

Nesse despertar de consciência,  a paixão  e a fome do conhecimento específico, tomaram posse de mim e logo estava eu buscando o curso especializado.
Foi amor á primeira e a muitas e muitas  vistas.
Agora eu tenho por obrigação me separar deles.
Explico: quero que outras pessoas tenham a oportunidade de conhecer um pouco dessa área tão produtiva e gratificante.

Parte da ciência que desperta em nós o sentido de tudo na vida,  respeito ao próximo,  a solidariedade e a vontade de ser útil  por um bem comum.
Depois de muito sofrer e pensar, de folhear e lembrar,  de manusear e rabiscar,  de ter lido e relido por varias vezes sem se queixar independente de hora e lugar, folheio as suas páginas covardemente e me despeço.
Achei um destino certo para meus companheiros de jornada.

A biblioteca mais próxima na esperança de que tenha utilidade única, a de transmitir conhecimento e educação.
Inconscientemente eu protelei muito essa separação inevitável, mas sempre como tudo tem sua hora aga, infelizmente aconteceu.

Eles serão sempre as lembranças que se recusam a morrer, pois é um pedaço de mim e vão estar sempre vivos na minha memória e no meu dia a dia.        
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Um comentário:

  1. Desapegar-se é muito bom e lá na biblioteca, serão bem utilizados e compartilhados! Valeu! bjs, chica

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Para você tudo de bom e um carinho sempre novo em agradecimento pela sua presença no fim do arco iris. Abraços.

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