Fechem as cortinas... recolham as bandeiras...guardem as cornetas, enrolem
o tapete verde da grama.
O espetáculo acabou.
O cenário mudou á medida que os personagens principais deixaram que a historia
tomasse um rumo diferente daquela que a platéia esperava.
O teatro até então superlotado com um som ensurdecedor de gritos e
palmas da platéia, se tornava mais exigente a medida que o tempo passava.
Nos bastidores os sentimentos mais diversos aflorado dos
corações insatisfeitos ajudava a denegrir a imagem do seu
próprio país.
Nas ruas até então pra onde o olhar era desviado, viam-se tudo ou quase
tudo em cores verde e amarelo.
Estavam em lugares mais inusitados, mesmo sem esperar vê-las, estavam
elas lá fazendo parte de todas e quaisquer imagens, colorindo fachadas,
embelezando rostos de todas as idades, sem distinção de cor e status
social, conseguindo unir a elite branca e a elite negra/parda em um lugar
público onde a massa humana tornou-se uma só.
Somos todos brasileiros.
Nas
janelas.. nas sacadas... as bandeirolas sacudiam ao vento zuando um
vamos lá Brasil mostrar a sua força nas chuteiras... e nos muros pintados a
imagem do mascote esperava ouvir... eu sou brasileiro, com muito orgulho, com
muito amor ô....ô...ô....
Naturalmente que tudo isso foi complementos para uma grande festa, a
qual os olhos do mundo voltaram-se exclusivamente para ela, fazendo o
povo brasileiro esquecer as verdadeiras reais necessidades na pele, no
bolso, na saúde, na educação, na segurança.
Pois bem entra mais uma vez no palco a nossa, a sua, a de todos nós a
seleção brasileira que independente da má fase e atuação, será sempre a seleção
de respeito e reconhecimento, pelas conquistas e os louros que vivemos muitas
vezes sob lagrimas de contentamento e felicidade.
É ora e vez das lagrimas de tristeza.
É ora e vez da decepção preencher os nossos corações verde e
amarelo despertando assim o senso crítico de nós torcedores, que
nos sentimos também parte da comissão técnica, quando opinamos, quando
exigimos a presença em campo desse ou aquele jogador.
Ah! Como gostaríamos de estar lá, invadir o campo e fazer o gol
tão sonhado dando a vitória ao povo brasileiro.
Bom..não foi dessa vez. Mas nem por isso vamos deixar de torcer pela
seleção brasileira, pelos jovens que passou por aqui, e outros tantos que
vão chegar cheios de vontades, desejos, esperanças e acima de tudo sair
vencedores da próxima copa do mundo, lá em 2018.
Já pensou se a seleção brasileira fosse a vencedora de todas as
copas?
Já não teríamos copa, não teríamos disputas... nem com quem disputar,
portanto a seleção brasileira tem que permitir que outras seleções ganhem um
espaço na história do futebol.
Não somos tão egoístas assim, somos?
Somos um meninão em fase de crescimento, mas um povo lindo de se ver.
Chico
cantou assim:
Não chore ainda não,
Que eu tenho um violão,
E nós vamos cantar,
Felicidade aqui,
Pode passar e ouvir,
E se ela for de samba,
Há de querer ficar.
E nós vamos cantar,
Felicidade aqui,
Pode passar e ouvir,
E se ela for de samba,
Há de querer ficar.
Olê... Olê...Olê...Ola...
Tem samba de sobra,
Quem sabe sambar,
Que entre na roda,
Que mostre o gingado,
que a vida é boa,
Para quem quer cantar.
Quem sabe sambar,
Que entre na roda,
Que mostre o gingado,
que a vida é boa,
Para quem quer cantar.
Assim eu penso.
Assim eu escrevo.
Isso amiga vamos cantar... Sabes que hoje não estou muito de cantoria, mas bola pra frente. Um beijo minha querida.
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